Quem é Cuca?

Raíssa Cagliari;

Observadora, ciumenta, apaixonada, apaixonante, romântica inconfessável, perturbada. Louca de pedra, aventureira, grande amante, grande amiga, boa irmã, boa filha, grande ex-namorada, poetisa, pianista, pintora e compositora e adora um blues! Maluca, criativa, sensível, chorona, hiperativa, descontrolada, amigável, verborrágica, estranha, borderline, autistartista, neurótica, paranoica, comunista marxista, socialista  e beatnik-libertária

Não existem meio-termos. Nem menos disso ou menos daquilo, é tudo ou nada. Já é ou já era. Fã de Paulo Leminski, Sérgio Sampaio, Jack Kerouac, Simone de Beauvoir e Sartre, filha de Exu, sem religião definida, com pendências à umbanda e o neo-paganismo. Filha de intelectuais esquerdistas e professores universitários, hoje minha mãe é acessora de impressa da TV Clube do Piauí. Estudante universitária do curso de Interdisciplinar em Ciências da Natureza da Universidade Federal do Piauí. Fã de leitura, Jack Daniels, fuma que nem uma desgraça, sabe que vai morrer mas não tá nem aí. Pensa demais, fala demais, aliás, fala pelos cotovelos. Sai pouco, poucos amigos, esquerdista esquentada, fotografa etílica, complexamente eclética e completamente fora do normal. É, pois é! magino que o inferno seja parecido a uma rave sertaneja. Não tão ruim assim, mas parecido.
Mas eu não estou nem aí, mas vou te contar um negócio: Quando eu era criança, minha mãe me ensinou a respeitar os limites dos outros. Eu aprendi por conta própria a desrespeitar os meus. No colégio eu era sempre uma das melhores alunas da classe até passar a desconfiar do que me ensinavam por lá. Então passei a ser apenas aquela que tirava a nota exata pra não reprovar. As pessoas se esqueceram de mim e eu conseguia me manter discreta e me dar ao luxo de não pensar mais neles. Eu cresci e percebi que todas as pessoas bem sucedidas estavam dispostas e abertas a negociações. Então entendi que jamais jantaria no mesmo restaurante que eles. Minhas opções e convicções me transformaram numa sujeita triste na maior parte do tempo. Então decidi que não ia tentar persuadir mais ninguém. Fico apenas desse lado da janela olhando as pessoas dançando felizes do lado de lá. Viro as costas para elas com a certeza de que o lado de cá pode até não ser o mais divertido, mas é o lado que escolhi estar. E a possibilidade de escolher não é pra qualquer um.

É isso aí é quem escreve isso aqui. Et c’est fini!

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